sexta-feira, 29 de maio de 2009

Gostava de ter escrito…

…isto:

Panis et circus

Os fundos para conservação da natureza e essas tretas de taxas de remoção de barreiras administrativas só servem para uma coisa: fazer de conta que se protege destruindo! Não é nova, vivemos num país em que as pessoas só olham para o show off da "corrupção" outras tretas e não vêm o que está por detrás disso! Não gostam de história porque ela "não serve para nada" e por isso têm uma memória curta. Tantas vezes há "polémicas" de caca para as quais as pessoas olham e que só servem para lhes desviar a atenção de outras coisas mais importantes (v. g. o casamento entre homossexuais, algumas – não todas - tretas sobre a justiça…)

Um exemplo do funcionamento das taxas para remoção de barreiras administrativas: havia a possibilidade, em Lisboa, de substituir as garagens obrigatórias em prédios urbanos a edificar em Lisboa por uma taxa que seria (se eu não me engano) para melhorar os parques de estacionamento. A taxa ficava mais barata que a construção de garagens e Lisboa hoje é a porcaria que é…

As taxas dessas obras servirão para o mesmo, alimentar os gestores dos fundos e emprega-los e amanhã quem vier que se amanhe…

Outro exemplo de palhaçada: as Europeias onde parece que se discutem as legislativas. Se as pessoas soubessem quais são as atribuições do Parlamento Europeu perceberiam que, salvo raras vezes, aquilo que se está a apregoar é mentira. Se as pessoas soubessem como funciona o Orçamento da Comunidade e conhecessem a sua história duvidariam de grande parte das propostas que aparecem (apesar de parecer que essas propostas são um acidente no discurso "a pensar nas legislativas e na penalização do Governo).

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Nem tudo o que baixas da internet é pirataria

Basta um clique e pode baixar o que sai da boca de deus!

Revivendo o espírito do PREC

As comemorações de hoje serviram para isto! E servem para nos lembrar que para estes senhores e para os outros que são como eles há apenas uma coisa, o populismo e mais tarde a ditadura. Há coisas, no entanto, que mudaram: se tivesse sido em 1974 Vital Moreira e quem acorreu em seu auxílio seria apodado de "facista", como foram muitos democratas desse tempo. Jorge Miranda quando propôs um sistema de governo semi-presidencialista ou outros (de quem agora não me lembro, não decorei o D. A. C.) quando pediram prorrogação do mandato da comissão dos direitos fundamentais apanharam com esse rótulo. Lembro-me de ter lido que: "os direitos fundamentais são um impedimento ao desenvolvimento da revolução, não há necessidade deles porque no fim da revolução todos serão livres. Devemos lutar contra a opressão destas forças fascistas…" (esta foi dita, mais ou menos assim, por Vital Moreira, mas isso, para o ilustríssimo académico já são águas passadas e ainda bem).

Ainda bem que as coisas já não são como nesses anos. Entre a opressão da "Ditadura do Grande Capital" e a liberdade "Democracia Socialista" prefiro a primeira. Prefiro ser oprimido a ter de ganhar dinheiro para comer a ser insultado e rechaçado por democratas que pensam de maneira diferente!

O "ensinamento" que retiramos das acções de hoje é o seguinte: o comunismo possui uma arrogância moral tão grande e uma sensação de que consegue interpretar a vontade do povo que suprime toda a ideia daquilo que seja a liberdade. A justificação pelo "sofrimento dos trabalhadores" é a confirmação desta tese.

Eles ainda lhe chamam "Democracia".