As comemorações de hoje serviram para isto! E servem para nos lembrar que para estes senhores e para os outros que são como eles há apenas uma coisa, o populismo e mais tarde a ditadura. Há coisas, no entanto, que mudaram: se tivesse sido em 1974 Vital Moreira e quem acorreu em seu auxílio seria apodado de "facista", como foram muitos democratas desse tempo. Jorge Miranda quando propôs um sistema de governo semi-presidencialista ou outros (de quem agora não me lembro, não decorei o D. A. C.) quando pediram prorrogação do mandato da comissão dos direitos fundamentais apanharam com esse rótulo. Lembro-me de ter lido que: "os direitos fundamentais são um impedimento ao desenvolvimento da revolução, não há necessidade deles porque no fim da revolução todos serão livres. Devemos lutar contra a opressão destas forças fascistas…" (esta foi dita, mais ou menos assim, por Vital Moreira, mas isso, para o ilustríssimo académico já são águas passadas e ainda bem).
Ainda bem que as coisas já não são como nesses anos. Entre a opressão da "Ditadura do Grande Capital" e a liberdade "Democracia Socialista" prefiro a primeira. Prefiro ser oprimido a ter de ganhar dinheiro para comer a ser insultado e rechaçado por democratas que pensam de maneira diferente!
O "ensinamento" que retiramos das acções de hoje é o seguinte: o comunismo possui uma arrogância moral tão grande e uma sensação de que consegue interpretar a vontade do povo que suprime toda a ideia daquilo que seja a liberdade. A justificação pelo "sofrimento dos trabalhadores" é a confirmação desta tese.
Eles ainda lhe chamam "Democracia".
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