Por todo o lado, no final do ano, surgem balanços do ano anterior e previsões sobre o próximo ano. Eu quis fazer uma previsão neste ano mas, pouca sorte, quando lia o editorial do Le Monde do passado dia 9 apercebi-me que, conforme lá dizem: "as nossas únicas certezas para 2009 resumem-se a incertezas". Fiquei logo chateado…
Depois apercebi-me que, por cá, já toda a gente tinha previsto tudo. Seguidamente pensei: "vou esperar pelos meados de Janeiro para ter a última palavra na interpretação dos oráculos".
Este post é, por isso, o de alguém que vem dar a última palavra sobre aquilo que vai acontecer em 2009. Em 1906, uma persona, que hoje é non grata (estou a usar um eufemismo), dizia que "em Portugal se opina muito e se trabalha pouco". Não é que concorde totalmente com Salazar quando ele diz aquilo mas ele tem alguma razão. (Espero não ser mal interpretado, sei que o debate de ideias é fundamental numa democracia e eu sou um ser que se revê nos valores da democracia).
Vejamos um exemplo que corrobora esta tese: Há vários estudos académicos que dão a resposta y para o problema z, essa resposta é dada com um grande grau de certeza e as teorias contrárias parecem escandalosamente descabidas. A atitude normal do governo será: adoptá-la, se ainda estivermos longe das eleições (isto no caso de ela ser impopular), caso contrário "deixa afundar". Se estivermos do lado da oposição criticamos por sistema e "deixa afundar para amanhã sermos governo". A posição de quem apoiou ou reconhece a bondade da ideia mas está de fora da política partidária é dizer que nada funciona ou calar-se. Isto não acontece sempre mas é bastante frequente.
Mas não nos dispersemos. Quanto a antevisões, como os economistas as não conseguem prever como vai ser o ano espera-se um aumento de pessoas a consultar o Professor Mambo ou, o meu preferido, o Professor Mamadu (estou mortinho por trocar o "u" por "o"). Como a malta vai andar à rasca espera-se um aumento das peregrinações a Fátima. Quem vai lucrar com a crise vão ser os pagadores de promessas!
Quanto a mim sei que vou comer mais hambúrgueres de frango. São saborosos, preparam-se rápido e se ficarem mal passados não nos fica a enojar a carne ainda vermelha em sangue. Há por aí algumas cantinas e sucedâneos que deviam aderir ao hambúrguer de frango. Realmente não se nota quando estão mal passados, excepto se ainda não tiverem descongelado completamente!
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